Hoje fomos visitar alguns pontos importantes do nosso concelho: Fornos da cal, no Casal de Santo Amaro e o Moinho e o Museu Vitorino Nemésio, na Portela de Oliveira.
A história da produção de cal no concelho de Penacova remontará ao séc. XVIII, período em que se terá dado a construção do forno do Pisão, nas proximidades de Lorvão, visando suprir as necessidades do Mosteiro. Nas fontes escritas, os fornos de cal de Penacova começam a ser referidos a partir de 1860, indiciando a expansão da produção de cal, para além da zona de influência do Mosteiro.
Num dos núcleos do Casal de Santo Amaro, localidade que, ao longo dos tempos, concentrou o maior número de fabricantes de "cal parda", é possível visitar um dos fornos e áreas envolventes, espaço reabilitado pelo Centro Recreativo com apoio do Município. Em plano um pouco mais elevado, num espaço de tipo varanda, foram concentrados e encontram-se expostos vários objetos relacionados com a produção de cal.
O forno da cal, como o nome indica, destinou-se e reserva-se para o fabrico de cal, resultando o produto da calcinação do carbonato de cálcio que, sob a forma de "pedra de cal", se obtém por extração nas pedreiras. Consoante a substância que acompanha o calcário, assim resulta o tipo de cal.
Nos fornos do Casal de Santo Amaro, produzia-se a "cal parda", produto acabado da matéria-prima abundante na zona e que se encontrava junto dos fornos, utilizada mais tarde, na construção civil e, também, como corretivo dos solos.
Localizado no Lugar da Portela de Oliveira, em pleno perímetro florestal da Serra do Buçaco, o Museu do Moinho Vitorino Nemésio, encontra-se instalado na casa de férias do Eng.º Arantes de Oliveira, Ministro das Obras Públicas no anterior regime, espaço adquirido na década de oitenta pela autarquia.
Em 1980, o moinho Vitorino Nemésio foi doado pelos herdeiros do escritor à autarquia, que o recuperou proporcionando-lhe a funcionalidade de outrora. Vitorino Nemésio, que foi Presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Moinhos e " incansável moleiro das palavras", no dizer de David Mourão Ferreira, foi proprietário de três moinhos no concelho de Penacova, cujo património natural lhe serviu muitas vezes de inspiração, tornando-se uma incontornável referência cultural do Concelho.
Com o objetivo de preservar a história dos moinhos de vento e água e a memória dos seus moleiros, a autarquia fez o aproveitamento, na Portela da Oliveira, do espaço molinológico onde se insere o Museu do Moinho Vitorino Nemésio, prestando simultaneamente uma homenagem ao escritor açoriano.
O Museu do Moinho divide-se por dois andares e é composto por seis salas onde se encontra exposto um rico espólio ligado à farinação. O espaço dispõe igualmente de cafetaria e parque de merendas anexo.
Os moinhos de vento fazem parte da cultura do concelho de Penacova. Há muitos anos representavam uma importante fonte de riqueza e subsistência da população.
Para comemorar o Dia da Mundial da Alimentação, levamos um lanche saudável e comemo-lo no parque de merendas.
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